Prólogo - Julgando os Sentimentos

Era mais uma manhã na cidade de Seattle.

O sol começava a brilhar e os postes a se apagarem.

Em uma das maiores casas de Seattle vivia Edward Cullen, o melhor juiz de todos os tempos segundo várias pessoas.

Ele era bonito, rico e influente. Essas características poderiam sugerir que ele vivia cercado de garotas e que sempre ligava para elas, no entanto isso seria um pensamento equívoco em parte.

Que ele realmente vivia cercado de garotas isso era uma grande verdade, mas devido ao fato de ser juiz sabia muito bem lidar com as emoções e por isso nem percebia a existência delas.

Os raios do sol começavam a entrar pela janela do jovem juiz de apenas 22 anos, aos poucos ele ia mostrando sinais de que logo despertaria e dentro de alguns minutos isso realmente aconteceu.

Ele sentou-se na cama e olhou o relógio que havia na cômoda ao lado. Eram sete horas da manhã, não estava atrasado, mas não podia enrolar, pois o trabalho se iniciava as oito.

 - É melhor eu ir comer logo, se não posso me atrasar.

Calçou o chinelo e desceu ás escadas, foi até a cozinha e verificou que a empregada já havia chegado. O nome dela era Mary, tinha 50 anos e era uma senhora muito bondosa. 

 - Senhor Cullen, o desjejum já está servido - exclamou Mary ao ver Edward entrar na cozinha.

 - Obrigado, Mary! 

Edward se sentou na mesa e comeu o de sempre, um café-da-manhã bastante saudável por sinal, um suco de laranja, algumas frutas e um pão.

Depois disso foi até o quarto e trocou de roupa. Colocou um terno que o deixou mais lindo do que já era e foi até seu carro, despediu-se de Mary e seguiu em direção ao trabalho.

No dia anterior um amigo do trabalho havia lhe informado que hoje haveria uma importante audiência em que ele seria o juiz, o que fez o jovem ficar pensando em qual seria o caso enquanto dirigia até o trabalho.

Após alguns minutos chegou ao trabalho, cumprimentou todos que viu enquanto ia em direção ao seu escritório, ao chegar lá verificou que Jasper Hale, seu amigo que havia lhe informado sobre o caso no dia anterior, estava lá e cumprimentou-o:

 - Bom dia, Jasper!

 - Bom dia, Edward!

 - Novidades?

 - Sim, tenho novas informações sobre o novo caso, a audiência será as dez horas. E quanto ao assunto é o seguinte... Uma garota, Isabella Swan de 21 anos, está sendo acusada de matar sua melhor amiga Jessica Stanley. No entanto a garota nega veemente que ela tenha sido a assassina, também parece muito abatida, mas pode ser só farsa. Todas as provas indicam que foi ela...

 - Quais são as provas?

 - Elas voltavam do shopping e segundo ela, teria deixado a amiga esperando em um lugar de uma praça enquanto ia ver uma árvore que estava mais adiante, no entanto a hipótese de isso ser verdade é praticamente nula. Também há outras só que não estou me lembrando no momento!

 - Interessante... 

 - Então, a princípio você decide o que fazer, mas se a população ficar muito revoltada com a notícia o júri que decidirá a pena. Provavelmente será pena de morte, mas vamos ver no que essa história vai dar.

 - Parece brincadeira, né? Hoje em dia nem nos melhores amigos se dá para confiar mais.

 - Verdade, é horrível o mundo em que vivemos hoje!

Jasper Hale além de ser o melhor amigo de Edward Cullen era um advogado de acusação, por isso trabalhavam juntos e normalmente ficavam com os mesmos casos.

 - Edward, agora tenho que ir ver uma papelada que nem consigo acreditar que exista de tanta que é, então até depois.

 - Até as dez.

 - Isso aí - disse Jasper enquanto fechava a porta.

Edward ficou estudando alguns casos e lendo alguns livros sobre leis enquanto esperava passar o tempo, quando finalmente deu o horário ele se levantou da cadeira, abriu a porta de seu escritório e foi andando em direção ao local em que seria realizada a audiência.

Ao chegar lá verificou que todos já havia chegado, sentou-se em seu lugar e deu início a audiência. 

Após isso olhou ao redor para ver quem era a acusada, quando seus olhos a encontraram, por mais que tivesse passado por uma boa preparação antes de se tornar juiz para que isso não acontecesse, seu coração começou a disparar, não podia acreditar, com tantas mulheres no mundo ele tinha que se apaixonar logo por uma assassina?

Simplesmente ele podia ter certeza, a partir daquele momento, que amor a primeira vista realmente existia.

Mas ele era juiz, precisava fazer a justiça prevalecer, por mais que estivesse totalmente apaixonado por aquela garota.

Aquilo nunca havia acontecido a ele, mas já que aconteceu tomou a decisão de investigar mais, tentar provar que ela não era assassina, tinha certeza disso apesar de ainda nem ter falado com ela, no entanto se só conseguisse provar o contrário iria julgá-la adequadamente, fazendo o máximo para deixar seus sentimentos de lado.